ECONOMIA – O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 10 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre fevereiro e março de 2024, as elevações mais importantes ocorreram em Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e Aracaju (3,90%). Já as reduções mais expressivas foram observadas no Rio de Janeiro (-2,47%), em Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande (-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%).
João Pessoa
Em março de 2024, o custo da cesta básica da cidade de João Pessoa foi a segunda menor entre as 17 cidades, ficando em R$ 583,23, aumento de 3,32% em relação a fevereiro. Em comparação com março de 2023, a cesta subiu 0,63% e acumulou aumento de 7,55% nos três primeiros meses do ano.
Entre fevereiro e março de 2024, oito dos 12 produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios: tomate (41,10%), banana (3,11%), açúcar refinado (3,08%), banana (2,74%), pão francês (2,20%), feijão carioquinha (1,06%), farinha de mandioca (0,50%) e manteiga (0,46%). Outros quatro alimentos apresentaram redução: carne ( -5,77%), óleo de soja (-1,48%), leite integral (-0,97%) e arroz agulhinha (-0,16%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram observadas elevações em sete dos 12 produtos da cesta: arroz agulhinha (27,47%), tomate (14,43%), banana (12,47%), açúcar refinado (8,75%), farinha (5,97%), pão francês (3,97%) e manteiga (0,53%). Foram registradas quedas em seis produtos: óleo de soja (-21,90%), feijão carioquinha (-11,65%), carne bovina de primeira (-8,13%), leite integral (-4,39%) e café em pó (-3,64%).
Em março de 2024, o trabalhador de João Pessoa, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 90 horas e 52 minutos para adquirir a cesta básica, tempo maior do que em fevereiro, quando precisou de 87 horas e 57 minutos. Em março de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302,00, foram necessárias 97 horas e 56 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador comprometeu, em março de 2024, 44,65% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em fevereiro, o percentual gasto foi de 43,22%. Já em março de 2023, o trabalhador comprometia 48,12% da renda líquida.