NUTRIÇÃO & TAL – O nutricionista e presidente do CRN6, Samuel Paulino, fala sobre os alimentos “Ultraprocessados”. Estes produtos podem causar sérios riscos à saúde. Confira:
Olá, leitores!
Hoje, gostaria de abordar um assunto que tem preocupado profissionais da área da saúde e nutrição: a crescente presença dos alimentos ultraprocessados em nossa cesta básica. Os ultraprocessados são produtos alimentícios que passam por diversos processos industriais, contendo aditivos, conservantes, corantes e quantidades elevadas de açúcares, gorduras saturadas e sódio.
A indústria de ultraprocessados está querendo aproveitar reforma tributária para conseguir mais benefícios fiscais.
Ao longo dos anos, temos observado uma mudança nos hábitos alimentares da população, com a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados por alimentos ultraprocessados. Essa transição tem sido motivada pela praticidade, facilidade de preparo e, muitas vezes, pelo menor custo desses produtos.
No entanto, essa incorporação paulatina dos ultraprocessados na cesta básica traz consigo diversos prejuízos à saúde. Vamos discutir alguns deles:
Baixo valor nutricional: Os alimentos ultraprocessados são frequentemente pobres em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e fibras. Seu consumo excessivo contribui para deficiências nutricionais e pode levar a uma série de problemas de saúde a longo prazo.
Aumento do risco de doenças crônicas: O consumo regular de ultraprocessados está associado a um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Isso ocorre devido aos altos teores de açúcares, gorduras saturadas, sódio e aditivos alimentares presentes nesses produtos.
Impacto na saúde infantil: Crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos negativos dos ultraprocessados. O consumo frequente desses alimentos pode levar a um desequilíbrio nutricional, aumento da obesidade infantil e maior predisposição a problemas de saúde ao longo da vida.
Dependência alimentar: Os ultraprocessados são formulados para serem altamente palatáveis, o que pode criar uma dependência em relação a esses alimentos. O sabor, a textura e a combinação de ingredientes presentes nesses produtos podem estimular o consumo excessivo e dificultar a adoção de uma alimentação saudável.
Diante desse cenário, é fundamental conscientizar a população sobre os riscos associados aos ultraprocessados e incentivar a adoção de uma alimentação mais equilibrada. Optar por alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura, é uma escolha mais saudável e nutritiva.
É importante ressaltar que não se trata de eliminar completamente os ultraprocessados, mas sim de reduzir seu consumo e fazer escolhas conscientes. Procure ler os rótulos dos produtos, evitando aqueles com longas listas de ingredientes, aditivos e altos teores de açúcar, gorduras saturadas e sódio.
A promoção de uma alimentação saudável e a conscientização sobre os impactos dos ultraprocessados são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e para a prevenção de doenças. Faça da alimentação equilibrada um hábito diário e cuide da sua saúde!